Nossa História

História do Grande Oriente de Minas Gerais

      

Fundação

Durante uma Sessão Especial realizada em 12 de setembro de 1944, em Belo Horizonte-MG, reuniu-se um grupo de Maçons para tratar da fundação de uma Obediência maçônica, sob a denominação de Grande Oriente de Minas Gerais. Exposta a conveniência da fundação, foi aprovada a proposta por unanimidade, constituindo-se sua primeira Diretoria, tendo como Grão-Mestre o Cel. José Persilva.

Foram fundadoras do Grande Oriente de Minas Gerais as Lojas Maçônicas Deus, Humanidade e Luz, 12 de setembro, 21 de fevereiro, Major João Pereira, Hirã e Caridade e Justiça, todas com sede em Belo Horizonte. Na mesma data, foi aprovado o Estatuto da nova Obediência, registrado sob n° 551, Livro A-1, do Cartório do 1° Ofício do Judicial da Comarca de Belo Horizonte – Registro Civil das Pessoas Jurídicas, em 14 de setembro de 1944, e publicado, na íntegra, no “Minas Gerais”.

Constituiu-se então o Grande Oriente de Minas Gerais como entidade maçônica autônoma. Seu objetivo: manter relações fraternais com todos os corpos da maçonaria no país e no estrangeiro, coordenar a atividade maçônica no Estado de Minas Gerais, visando à sua unidade, segundo os princípios cardeais da Ordem Maçônica, entre os quais a proscrição absoluta do uso da força e da violência e dos ajustes secretos; o respeito e a defesa dos direitos individuais e coletivos; a investigação da verdade; estabelecer o princípio da Igualdade, com base na liberdade, e da Fraternidade, sem distinções de qualquer espécie, promovendo o bem-estar entre os homens; a defesa da instituição da família; a prática da moral e das virtudes inerentes à Ordem; proibição das discussões políticas e religiosas nos recintos das Lojas ou em suas dependências; combate à intolerância e ao fanatismo; socorro moral e material a seus membros.

2. Desenvolvimento

Iniciadas suas atividades, foi o Grande Oriente de Minas Gerais aumentando, pouco a pouco, o número de Lojas, na Capital e no interior.

3. lncorporação ao Grande Oriente Tiradentes e ao Grande Oriente do Brasil

Em 30 de agosto de 1957, celebrou com o Grande Oriente do Brasil um Tratado de Fraternal Amizade, ratificado e aprovado pelo Grande Oriente do Brasil pelo Decreto n° 1.789, de 26 de outubro de 1957. Em 8 de novembro de 1960, celebrou-se um Convênio de Incorporação do Grande Oriente de Minas Gerais ao Grande Oriente do Brasil, através do Grande Oriente Estadual Tiradentes de Minas Gerais. Pelo Decreto n° 22, de 17 de dezembro de 1960, O Grande Oriente de Minas Gerais promulgou a Resolução que aprovou e ratificou o Convênio de sua Incorporação ao Grande Oriente do Brasil, através do Grande Oriente Estadual Tiradentes de Minas Gerais.

Por que através do Grande Oriente Estadual Tiradentes de Minas Gerais? Porque este era federado ao Grande Oriente do Brasil. Como não podia o Grande Oriente do Brasil ter dois Grandes Orientes a ele federados no mesmo Estado da União, por força de lei maçônica, o Grande Oriente de Minas Gerais, para incorporar-se ao Grande Oriente do Brasil, teria, primeiro, de incorporar-se ao Grande Oriente Estadual Tiradentes de Minas Gerais, tornando-se os dois um só Grande Oriente, com o título distintivo de Grande Oriente de Minas Gerais.

Assim, pelo Decreto n° 1.877, de 17 de dezembro de 1960, o Grande Oriente do Brasil aprovou o referido convênio. Na época, era Grão-Mestre do então Grande Oriente Estadual Tiradentes de Minas Gerais o Irm\ Helvécio Monteiro de Barros Teixeira. Do Grande Oriente de Minas Gerais, o Irm\ Cândido Ubaldo Gonzalez, que permaneceu Grão-Mestre do Grande Oriente de Minas Gerais, incorporado ao Grande Oriente do Brasil.

Com a incorporação ao Grande Oriente do Brasil, O Grande Oriente de Minas Gerais passou a reger-se provisoriamente pela Constituição do extinto Grande Oriente Estadual Tiradentes de Minas Gerais, até que promulgasse a sua, o que ocorreu posteriormente.

Em 21 de abril de 1970, foi inaugurada a sede própria do Grande Oriente de Minas Gerais, no Centro de Belo Horizonte, na Rua Rio de Janeiro, esquina com Rua dos Goitacases, hoje de propriedade do Grande Oriente do Brasil e sede do Grande Oriente do Estado de Minas Gerais.

4. Desligamento do Grande Oriente do Brasil

Em março de 1973, realizaram-se eleições para os cargos de Grão-Mestre Geral e Grão-Mestre Geral Adjunto do Grande Oriente do Brasil. Proclamada a eleição dos candidatos oficiais, inconformados com a decisão, dez Grandes Orientes Estaduais, federados ao Grande Oriente do Brasil, desligaram-se deste proclamando-se Obediências autônomas e independentes, expondo as razões por que o faziam.

5. Fundação do Colégio de Grão-Mestres da Maçonaria Brasileira

Em 4 de agosto de 1973, fundou-se, em Belo Horizonte (MG), o Colégio de Grão-Mestres da Maçonaria Brasileira, congregando, então, as dez Obediências dissidentes, tendo por objetivo propugnar pela unificação da Maçonaria brasileira e estudar e divulgar normas que providenciassem a defesa e o progresso da Maçonaria. Foram fundadores do Colégio de Grão-Mestres da Maçonaria Brasileira os Grandes Orientes de São Paulo, Minas Gerais, Ceará, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Paraná, Distrito Federal, Mato Grosso, Santa Catarina e Rio de Janeiro, então dissidentes do Grande Oriente do Brasil.

6. Confederação Maçônica do Brasil-COMAB

Hoje, são dezoito os Grandes Orientes Estaduais que integram a Confederação Maçônica do Brasil — COMAB, sucessora do Colégio de Grão-Mestres da Maçonaria Brasileira, desde 6 de abril de 1991.

O Grande Oriente de Minas Gerais já ocupou, por quatro vezes, a presidência da COMAB.

7. Nova Constituição

Em 20 de junho de 1975, a Assembleia Legislativa do Grande Oriente de Minas Gerais promulgou a nova Constituição do Grande Oriente de Minas Gerais, que vigora até hoje, com seis emendas.

8. Eleição do Grão-Mestrado

O Grão-Mestrado, até 1986, era eleito pela Assembleia Legislativa.

9. Emenda Constitucional: eleição direta do Grão-Mestrado

A Emenda Constitucional n° 1, de 8 de novembro de 1986, introduziu a eleição direta do Grão-Mestrado pelo sufrágio universal, direto e secreto, dos Mestres Maçons da jurisdição.

10. Atividades maçônicas e sociais

O Grande Oriente de Minas Gerais, periodicamente, vem realizando simpósios e encontros regionais em sua jurisdição, de orientação e treinamento, com grupos de trabalhos para os vários cargos em Loja. Também as datas magnas maçônicas e cívicas são comemoradas, principalmente o Dia da Maçonaria Mineira, Dia de Tiradentes, 21 de abril.

11. Tratados de Amizade e Reconhecimento Mútuo

O Grande Oriente de Minas Gerais mantém, atualmente, Tratados de Amizade e Reconhecimento Mútuo, além dos Grandes Orientes filiados à COMAB, com as Grandes Lojas filiadas a CMI.

12. Perspectivas

Iniciado o século XXI, que se nos afigura promissor e alvissareiro, abrindo para a humanidade novas concepções de vida, novas transformações, novos horizontes em todos os sentidos, que exigirá dos Maçons e da Ordem Maçônica plena consciência de seus deveres e firmeza na condução de seus trabalho